segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Chegou Setembro...

Pois é.
Com a chegada de Setembro, chegam as águas quentes e pelágicos de grande porte.
Éra domingo e o dia prometia. Ás 06:30 da madrugada estáva-mos no barco prontos a zarpar.
Eu o Paulo Sousa o Nuno Bettencourt e o Rui Campos (éra o nosso engodo).
Chegados ao spot, detectámos uma galha por cima de água, éra um tubarão mas não nos impediu de equipar e entrar na água.

  
Como estáva perto da hora do estofo da maré, não havia corrente e consequentemente não havia peixe também.
O primeiro peixe do dia foi um belo peixe cão que o Rui apanhou num agachon.
Demos umas voltas e noto que o Rui estáva bastante londe de nós. Porra lá está ele a inventar.
Nadando em direcção a ele, ele pega aos berros, WHAOO'S CERCA DE 30 OU 40.
Lá fomos eu e o Nuno (o Sousa tinha ficado de barqueiro) e quando chego perto já só vejo o fim do cardume mas ainda faço uma caída mas só com uma borracha armada, o arpão não chegou.
Atrás de mim o Nuno também tenta a sua sorte mas com uma arma mais pequena não acertou.
Estávamos empolgados com a abundância.
Mais uma volta e poucos minutos depois o Rui chama-nos e dirigimo-nos para ele.
Desta vez chego a tempo de cair sobre os primeiros do cardume e maiores, poucos metros na caída e a cerca de um metro da ponta do arpão, o maior que passou perto levou aço atrás da cabeça, muito bem trancado por sinal.
No mesmo instante o Rui também tranca um bem trancado.
Muita água branca boias a surfar e a afundar. Dá gosto ver uma boia côr de laranja a afundar vários metros.
Pouco depois ouço o Rui a arriar um palavrão e a reclamar que o cabo da boia tinha rebentado e levou a arma juntamente. Táva o dia ganho para ele.
Depois de perceber o que lhe tinha acontecido, olho para a minha boia e vejo-a a boiar parada. Mau mau.
Rasgou, pensei eu mas quando puxo o cabo, noto que o cabo de aço de 2mm da minha ponta destacável tinha-se partido.

 

Foi precisa muita força para partir um cabo de aço daqueles e ainda empenar o arpão de 7mm. éra realmente um bom peixe mas foi-se.
Foi pena porque para além de se perder o material, o peixe foi ferido de morte e é sempre mau perder um peixe que vai morrer.
Arpão novo para a arma e fico só eu e o Nuno na água, mais umas voltas e à minha frente aparece o cardume de novo.
Nova caída sobre o peixe e acerto ao pé da parbatana, um bom tiro de novo.
Boia a surfar, afunda uns metros e agarro-a para controlar o peixe, tento agarrar a cauda mas quase que me parte os dedos. Tal força tem este amigo.



 

Demos mais umas voltas e teimáva em não aparecer peixe nunhum, nem mesmo lirios. O único peixe que entráva ao agachon éram as patruças.
Pouco depois, o Nuno vê o cardume práticamente parado a apanhar sol.
Ele apreça-se e cai sobre eles mas foi enganado pelo tamanho dos peixes e o arpão nem chegou perto.
Nisto apreço-me eu e ainda chego a tempo de cair sobre eles mas já estávam de saída e quando disparei, apanhei o peixe muito por detrás.
Ainda lutou um bucado mas acabou por rasgar.
Nesta altura eu já tinha enfiádo 3 tiros em 3 whaoo's, éra um dia em grande.
Passádo um bucado resolvemos ir a outro spot tentar a sorte e para acalmar o lugar onde estávamos mas revelou-se pouco produtivo, apenas uma anchova.
Regressámos novamente à baixa e fica o Nuno de barqueiro.
Demos umas voltas e o Sousa apanha um líriozinho e eu apanho uma bicuda.
Apenas apareceu mais um whaoo solto mas nem se aproximou.
As horas passáram e tinhamos que bazar.

 

Foi um mergulho em que o Rui levou nas orelhas por não ter cuidado com o material e não verificar o estado do mesmo.
A mangueira estáva cheia de água, provávelmente tinha buracos que cederam quando foi esticada ao limite.
Ainda assim foi positivo o mergulho, mas tinha sido melhor se fossem 4 em vez de um.
É a crise.