sexta-feira, 2 de maio de 2014

Caçadas da Primavera

Durante o mês de Abril, fizemos várias saídas à barbatana, do qual colhemos bons frutos. O peixe não se tem visto em grande abundância e com a chegada da primavera as águas ficaram sujas. As vejas ficaram mais desconfiadas, as serras só as vemos depois de passarem, as bicudas mal as vemos e os rocazes ainda não os vimos.
Contudo com alguma paciência e persistência, lá se consegue apanhar um peixito aqui, uma lagosta ali... e vou relatar um pouco do meu mergulho com o Décio.

No dia 15 de abril de 2014, pela manhã, fui buscar o Décio para uma saída à barbatana.  Durante o caminho para o nosso spot, já ele me dizia que não íamos apanhar nada, que a água deve estar toda suja, que já era tarde para apanhar lagostas ou seja a vontade de ir deve ter ficado em casa e já não o podia aturar com aquela conversa. O que é certo é que ele foi sempre resmungando, até chegarmos ao local e ele ter entrado na água. 

Nesse dia tivemos sorte com a visibilidade, estava aceitável mais ou menos até aos 8 metros, a corrente era fraca e o dia estava agradável. Este mergulho era para ser rápido e mal entrámos na água, decidimos logo ir até ás baixas, que se situam no sentido Oeste, ver se víamos alguma lagosta.

 Corremos as baixas todas vimos um par de cascas, mas lagostas nada. Fomos mais à frente até ao outro local e mais uma vez nada. A visibilidade estava cada vez pior e resolvemos regressar, já estávamos mentalizados para fazer o caminho de regresso sem qualquer captura. Fomos fazendo o percurso de volta mais por dentro e já quase na zona de saída, voltamos a sair mais um pouco, o Décio já reclamava que já não conseguia mergulhar que não fazia a compensação etc... e desci naquele local e vi a primeira lagosta do dia. Vim acima falei com ele preparei-me melhor e desci para a ir buscar. Não era uma lagosta grande, veio a pesar 1kg.




 Fomos ligeiramente mais à frente até outra formação rochosa, mergulhei e percorri o fundo e já no momento em que me preparo para subir, avisto outra lagosta. Já em cima falo com o Décio e ele diz:
- "eu vou lá",
 então eu disse:
 - se tens a certeza vai.
 Acho que o mal dos ouvidos era da rabugice.

Poderíamos ter ido para terra naquele momento, mas optá-mos por continuar mais um pouco, ir ainda visitar um buraco conhecido e passar por cima da baixa perto do local de saída que se situa a Este do mesmo. Foi nessa baixa, que nem a meia dúzia de metros, em zonas diferentes, cada um apanhou mais uma lagosta. Já quase à saída vejo o Décio mergulhar e disparar apanhando um belo exemplar de bicuda.

Quando saímos o Décio já não estava rabugento...